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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Doenças em galinhas

DOENÇAS PROVOCADAS POR VÍRUS E BACTÉRIAS:



Coccidiose – A coccidiose intestinal da galinha é devida á presença de uma bactéria a Eimeriatenella que produz uma afecção grave e contagiosa, causadora de perdas consideráveis.

É muito resistente podendo viver de um ano para o outro sob uma forma de resistência denominada  oocisto. São principalmente os animais novos os mais atacados e os menos resistentes.

A infecção faz-se por via digestiva e são as aves que comem as fezes contaminadas que apanham a doença.

Os pintos doentes mostram-se arrepiados com as asas caídas, friorentos, umas vezes o apetite mantém-se outras não, geralmente são afetados na 1º á 10º semana.

PROFÍLAXIA: Higiene nos galinheiros, separar as aves afetadas, alimentação á base de lacticínio dá bons resultados.

Também existe no mercado diversos produtos para misturar na água que obtém bons resultados, quer como cura, como prevenção.

Cólera – Também designada  pesteurelose aviária , é uma doença que devasta as capoeiras onde entra e propaga-se de uma maneira rápida e assustadora.

O contágio faz-se pelos excrementos, pela água e também pelos pássaros que entrem em contacto com as galinhas.

A bactéria que causa a doença Pasteurella avicida , pulula nos excrementos das aves e aí resiste por muito tempo. As aves doentes perdem rapidamente o apetite e todo o vigor. Apresentam-se com as penas eriçadas muito tristes, a crista violácea ou quase preta, muitas vezes uma diarréia abundante e pelo bico deixam escorrer uma espécie de baba, morrem ao fim de algumas horas.

Observa-se também a evolução desta doença em forma aguda e crônica.

PROFILAXIA: Quando entra a doença dificilmente se consegue salvar as aves.

Para prevenir convém as aves estarem vacinadas e haver uma boa higiene e ventilação.

Se alguma vez detectar a doença abata as aves afetadas e queime-as, desinfecte muito bem todos os galinheiros.

Coriza – É uma doença das vias respiratórias caracterizada pela inflamação das mucosas do aparelho respiratório, podendo por vezes atacar o globo ocular.

É transmitida pela bactéria  Haemophilusgallinarum.

Na forma benigna as aves conservam quase a vivacidade normal, notando-se no entanto a saída pelas narinas de um liquido mucoso.

Na forma grave, complica-se os sintomas e as aves aparecem com inflamações  da face devida à acumulação de exudado nos seios  infra-orbitários , corrimento nasal abundante que obstrui as narinas, tosse, falta de apetite, inapetência, espirros frequentes.

Por fim vem a morte que pode atingir 50% dos efetivos.

PROFILAXIA: Separar as aves afetadas. Higiene e boa ventilação dos galinheiros, boa alimentação rica em vitamina A , antibiótico na água de bebida.

Difteria – É fácil diagnosticar a difteria pois as aves atingidas apresentam umas falsas membranas amareladas no bico, post-boca, olhos, cavidades nasais, também podem apresentar vesículas e pústulas ( verrugas) na crista, face, barbilhões, cloaca e pele.

PROFILAXIA: As aves afetadas devem ser separadas, as gravemente atacadas, devem ser mortas e os corpos queimados.

Proceder a uma desinfecção de todos os galinheiros.

Vacinação de todo o efetivo. Há vários tipos de vacina conforme os casos.

Os que não estão muito afetado acompanhar com antibiótico e nas verrugas lavar com tintura de iodo.

Peste aviária – Afecção epizoótica provocada por um vírus filtrável.

Confunde-se muitas vezes com a cólera ou com a tifose, os sintomas são muito semelhantes. Para um bom diagnóstico chamar o Médico-Veterenário.

Doença Crônica Respiratória ( C.R.D.) – Doença frequente causado pela bactéria Mycoplasma Gallinarum  geralmente associada a outros agentes patogénicos.

Sintomas característicos com corrimento nasal e por vezes ocular, perda de apetite e peso, mas geralmente estes sintomas vêem acompanhados com o inchaço da cabeça e dificuldade respiratória.

Pode transformar-se em doença crônica, levando as aves bastante tempo a morrer.

PROFILAXIA: Vacinar os pintos e revacinação. Graduar a ventilação, evitar a grande aglomeração de aves, alimentar racionalmente.

Não incubar ovos de galinhas afectadas.

Doença de Newcastle – Também conhecida por pseudo-peste é provocado por um vírus

As aves afetadas apresentam no principio uma diarréia abundante por vezes esverdeada, respiram com dificuldade,  tossem  e espiram com frequência.

Mais tarde começam a aparecer sintomas nervosos, os animais tomam atitudes esquisitas, andam com a cabeça para trás, o pescoço torcido, os tarsos assentes no chão.

PROFILAXIA: Vacinação dos pintos nos primeiros 15 dias de vida. Revacinação.

Proceder á separação das aves doentes. Uma boa desinfecção dos galinheiros.

Pulurose ou Diarréia branca bacilar -  Doença provocada pela Salmonella Pulorum .

É uma doença aguda e mortal que ataca os pintos, os pintos atingidos por essa doença morrem mais de 90%.

Nas aves adultas a doença existe no estado crônico, as aves não sentem a menor perturbação, mas o facto da doença estar localizada nos ovários o ovo é portador da bactéria que assim infecta o pinto.

Os sintomas são os seguintes: nos primeiros dias os pintos isolam-se, ficam com sono e apresentam diarréia, as asas estão pendentes, não comem e a respiração acelerada, depois morrem rapidamente.

A partir do 6 dia a mortalidade diminui, nessa altura percebe-se que a cavidade abdominal está distendida, esses morrem ou desenvolvem-se mal.

Nos adultos os sintomas não se verificam apenas a postura é irregular e sofre paragens mais ou menos longas.

PROFILAXIA: Pronta eliminação das aves portadoras da doença ( dá para alimentação), não incubar ovos dessas aves, desinfecção da chocadeira . ( ver secção incubação).

Antes de abater as aves convém chamar o Médico para ele efetuar o teste Soro ou Hemo-aglutinação, e só se der positivo é aconselhável abater as galinhas afe
tadas.

Tifose – Doença provocada pela Salmonela gallinarum , sintomas muito idênticos á cólera, com a diferença que aparece mais na evolução sub-aguda.

As aves demoram entre 5 a 7 dias a morrer.

PROFILAXIA: Vacinação, boa higiene.

Tuberculose – Doença provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculois avium.

Quando esta doença se instala numa criação de galinhas é quase impossível vermo-nos livre dela.

Os sintomas são principalmente o emagrecimento, seguido de palidez da crista e mucosas, por fim um enfraquecimento geral e diarréia, seguida de morte do animal.

A tuberculose localiza-se geralmente no fígado e no intestino, sendo rara a tuberculose pulmonar.

O fígado aparece semeado de pequenos pontos brancos.

PROFILAXIA: Não existe tratamento.

Abater as aves contaminadas e queimá-las.

Proceder a uma desinfecção profunda.

Explorar só galinhas novas, até o máximo de 3 anos.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Galo índio gigante
Utilizada como matriz reprodutora ou ornamental, a ave é a “prima” do galo de briga que dá lucro 

Texto João Mathias
Consultor Eduardo Augusto Seixas*


A rinha de galos é uma atividade ilícita, proibida por lei. No entanto, a criação de aves combatentes pode ter finalidades nobres, muito distantes da contravenção. Grandes e robustas, elas também são excelentes na transmissão de genes aos descendentes. O galo índio gigante – uma variedade rústica como as aves caipiras – surgiu justamente do cruzamento de raças combatentes com galinhas domésticas.

Ótimo reprodutor de frangos precoces e com alto rendimento de carne, o índio gigante também confere às suas galinhas mais produtividade em ovos ricos em proteínas. A beleza das penas sobrepostas e a variedade de cores são outras características atraentes, que destacam a ave como exemplar ornamental ou na participação de concursos.

Criado à base de boa alimentação, o galo pode chegar a pesar seis quilos e medir 80 centímetros – há exemplares que crescem até cerca de um metro de altura. Forte e dono de boa musculatura, ele tem instinto agressivo, por isso não deve ser criado junto com outro macho da raça após os seis meses de vida. Nos tratos diários, no entanto, é dócil e fácil de lidar.

A criação do índio gigante não requer muita infra-estrutura. Numa área de cinco metros quadrados, prevendo a procriação das aves, pode ser alojado um terno – um macho para duas fêmeas. Além disso, a variedade é resistente, exigindo poucos cuidados dos criadores, fazendo com que a atividade não necessite de grandes investimentos. A criação doméstica tem a vantagem de oferecer aves mais saudáveis, livres de antibióticos. A produção de pequenos plantéis pode atender à demanda da vizinhança.

A ave, porém, permite que se trabalhe com maior escala de produção, bastando ampliar as instalações lembrando de manter separados os machos adultos.
Raio X
CRIAÇÃO MÍNIMA: um terno (um galo e duas galinhas)
INVESTIMENTO INICIAL: na faixa de 500 a mil reais
CUSTO: preço da ave de 15 dias oscila entre 15 e 20 reais; de sete a dez meses, vai de 100 a 150 reais; e com 14 meses sai a 200 reais
REPRODUÇÃO: entre 100 e 180 ovos por ano
RETORNO: em 14 meses, as fêmeas da segunda geração estarão em postura e os machos prontos para serem matrizes ou ir para o consumo
Mãos à obra
A CRIAÇÃO doméstica tem a vantagem de oferecer aves mais saudáveis, livres de antibióticos
INÍCIO – comece a pequena criação com pintinhos de 15 dias de vida, pois nessa fase são menos exigentes com calor e já foram vacinados. A compra de aves adultas é boa opção para quem quer acelerar a reprodução. Para não arriscar a ter problemas de consangüinidade, a regra é comprar aves sem parentesco até quatro gerações atrás.
AMBIENTE – a espécie se adapta bem a lugares pequenos, desde que sejam limpos e com pouca incidência de ventos. As aves ficam bem instaladas em fundo de quintais, em sítios, chácaras e propriedades rurais. Utilize um galinheiro de cinco metros quadrados por dois metros de altura, com orientação leste-oeste.
ESTRUTURA – a rusticidade do animal permite aproveitar sobras de madeiras, além de pregos e tela de arame para construir um galinheiro comum. Como é essencial proteção contra ventos fortes, levante duas paredes perpendiculares de alvenaria. As outras duas podem ser de tela e contar com cortinas. Use telhas de barro para cobertura e, como piso, cimento ou chão batido. Mas forre com maravalha, palha de arroz ou outros materiais que absorvam os dejetos das aves.
POLEIROS – feitos de ripas, pedaços de madeira ou galhos de árvore, os poleiros são o local de descanso. Devem ser montados em níveis, distanciados por 60 centímetros, em base triangular de um metro de altura. Os ninhos podem ser improvisados com pneus ou balaios de palha. Se forem de madeira, as medidas são 30 centímetros quadrados e 20 centímetros de altura. Dentro, coloque palha ou capim seco.
ALIMENTAÇÃO – a ração para o índio gigante é a mesma utilizada para outras criações de galinhas. Porém, para o pleno desenvolvimento das aves, o importante é assegurar o fornecimento de alimento com qualidade, que pode ser comprado em lojas de produtos agropecuários. Lembre-se que o milho é indispensável, e verduras (exceto a alface) são ótimas como complemento.
REPRODUÇÃO – Entre sete e oito meses de vida, a ave atinge a maturidade sexual. As galinhas botam geralmente de 100 a 180 ovos por ano. Para os criadores iniciantes, recomenda-se a incubação de todos os ovos das primeiras posturas, para formar, com a segunda geração, um plantel de, pelo menos, 20 galinhas. O galo atinge o peso de quatro quilos em um ano, mas pode chegar até seis quilos.
VACINAS – Logo que os pintinhos nascem, aplique a vacina contra a doença de marek. Simultaneamente, indica-se vacinação para prevenir a bouba aviária e a doença de newcastle. Repita a medicação em 20 dias. Para a newcastle, siga programação periódica, segundo veterinário.

Teste Teste 2